Rita Lee: Lady Roque
Roque, ou rock and roll, no Brasil é um conceito no qual está implícito
o nome de RITA LEE. Dizer que ela foi uma inovadora não chega a ser uma
novidade. O que parece ser efetivamente novo quando se fala de Rita é a
atitude, o comportamento e tudo o que estas categorias englobam em termos
culturais na relação do artista com o público.
Ainda na década de 60,como membro do grupo Os Mutantes, não
vendia apenas discos, música, mas estilo de vida. Sendo assim, a informação
sobre a vida da artista se confunde com a de sua carreira. Durante muitos
anos, a privacidade, a intimidade eram compartilhadas com o público,
virando história, ao contrário do que ocorre com a maioria dos compositores
Rita sempre foi uma pessoa especial, desde muito pequena. Dava
preferência às aventuras emocionantes e não às delicadas brincadeiras das
meninas. Preferia muitas vezes uma corrida em carrinho de rolimã a um
aniversário de boneca. Rita, desde cedo, viveu dividida entre as normas
rígidas ditadas pelo pai e o desejo de quebrar barreiras, de ganhar o mundo.
Eram já claros indícios de alguém que viria a ser publicamente conhecida
como uma mutante.
A mutante já se prenunciava no dia do nascimento. Rita nasceu na
passagem do ano de 1947 para o ano de 1948, precisamente no dia 31 de
dezembro. Iria chamar-se Bárbara, pois sua mãe, Romilda Padula, era devota
da santa. Mas acabou recebendo como nome o apelido de sua avó materna,
Dona Clorinda, que era chamada de Rita.
*
Faculdade de Letras UFRJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário