Na época do lançamento do CD Balacobaco.
Pena que Rita custou tanto a lançar outro trabalho,9 anos,poderia ter saído 9 discos pra nossa coleção da Rainha,somente em 2012 com REZA matamos a saudades dela em CD.Balacobaco. Rita Lee. 2003
“Pura preguiça”: é assim que Rita Lee explica o fato de ter ficado
quase dez anos sem lançar um disco de músicas novas. O jejum quebrado com Reza, é um álbum
sobre o qual Rita “sente bastante as asas tropicalistas”, como ela mesma
explica, por e-mail. A faixa-título de Reza já está na TV, como parte da trilha sonora da novela Avenida Brasil,
e figurou na lista de singles mais vendidos da iTunes Store brasileira.
Na loja virtual, ela desbancou, inclusive, o rei absoluto das paradas
nos últimos meses, o hit “Ai se Eu Te Pego”, do cantor Michel Teló.
A cantora há anos prefere o contato virtual com os jornalistas – e
essa porção tecnológica pode ser vista não apenas no Twitter, do qual
ela é usuária assídua, como também no trabalho dela como artista. “Hoje,
você registra sua cabeça com mais facilidade”, afirma, complementando
que sua força criativa não é necessariamente 100% voltada à composição,
quando questionada se tem feito muitas novas letras. “Não digo compondo,
sou ‘escrivinhadora’ (lap, iPad, iPhone e bloquinhos).”
Embora anteriormente Rita tenha se mostrado descrente na vida após a
morte (e se esquive de perguntas sobre a possibilidade de novas ideias
sobre o assunto: “[Minha opinião] deve ter mudado, eu não tenho
opinião, sou ‘Maria vai com as outras’”), há faixas que sugerem uma
reflexão sobre o assunto, como “Pistis Sophia”. “Segunda pessoa que me
diz isso, vou levar para a terapia”, afirma.
Ao que parece, Rita Lee não se importa com o quão bem recebidos seus trabalhos são – nem mesmo com Reza,
que marca esse retorno às novas composições. Não há nem tempo de ter
frio na barriga. “Não dá, porque já estou com a cabeça no próximo”, ela
explica. E, desta vez, está mesmo: Bossa ‘n’ Movies, que deve ser
o próximo projeto de Rita, está muito bem encaminhado. No ano passado,
houve até a especulação de que o disco, que reúne trilhas de filmes em
ritmo de bossa, sairia junto a Reza. Mas esse plano ficou para trás. “Começamos a gravar antes do Reza,
mas não queremos ter data prevista para terminar, ainda mais para
lançar. O repertório muda conforme a bipolaridade do casal, é muito
material.”
Roberto de Carvalho, marido de Rita há mais de 35 anos (a união
começou em 1976, embora o casamento no civil só tenha sido em 1996), é
parceiro de dez das 14 composições do novo CD. A cumplicidade na
produção vem de longa data (“Lança Perfume”, “Mania de Você” e a mais
recente “Amor e Sexo” são apenas algumas das incontáveis músicas feitas
pela dupla), e não há, por parte de Rita, receio algum de que a parceria
musical acabe caindo em um ciclo de autorreferência. Pelo contrário.
“Nós gostamos de nos copiar, é estilo”, escreve. “O casal tem gênio
forte, mas rola um bom pingue-pongue. Meu parceiro no crime, companheiro
de fuga. Sou louca por ele.”
O maior símbolo feminino do rock brasileiro anunciou recentemente a
aposentadoria dos palcos – o último show, em Aracaju, rendeu um
imbróglio com a polícia local e até uma passagem dela pela delegacia.
Por recomendação de seus advogados, Rita não pode se pronunciar sobre o
assunto, mas mantém a decisão de permanecer longe das apresentações ao
vivo. “Realmente não me sinto disposta a pensar em fazer show”, diz ela,
afirmando que não dá para justificar sua decisão somente por motivos de
saúde ou por uma diminuição do prazer proporcionado pelo palco. “Nem
um, nem outro, tô a fim de férias.
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